“Só votei duas vezes em minha vida, e as duas vezes eu apostei pelo PSOE, porém agora eu tenho a tentação de mudar e, como eu, milhares de adolescentes de minha idade. O que pretextos eu daria para que volte a confiar em seu jogo?
“. O que se pergunta é Raúl Arribas, estudante de Correto e ADE da Escola Autónoma de Madrid (UAM). Quem está com o propósito de responder, Pedro Sánchez, secretário-geral dos socialistas. Discussão tão desigual se desenvolve no café da Faculdade de Ciências Econômicas, entre ‘cuchareo’ de cafés, espetos de omelete, runrún de jovens que não dão crédito para o que seus olhos vêem. O líder da oposição, o tipo que faz luvas no Congresso com o presidente do Governo, alterna no campus da universidade de ensino superior, com uma nova formação de eleitores entre confusos, céticos e decepcionados.
Os partidos que representam correntes de raciocínio centenárias temos um passado pra trás, para o bem ou pro mal-, responde Sánchez, confortavelmente apoiado na barra de café, sempre que segura uma garrafa de água. “Continuo indeciso, não me convenceu visto que não me argumentou nada de especial”, valorizavam após os 21 anos de Arribas.
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O secretário-geral do PSOE, ao longo da sua aula na Autônoma. São os minutos antes da aula de Economia que vai ministrar por volta de duzentos alunos da professora Anjos Silva, amiga do líder socialista. “Irei fazer uma análise crítica da circunstância econômica na Espanha, as forças e fragilidades que o país tem pra sair adiante”, explica Pedro Sanchez. “Eu o farei com fatos objetivos e sem a política; alguma coisa me sairá por causa de sou político, entretanto o farei a partir de um ponto de visão intuito”. Sánchez se declara “nervoso”, apesar de sua experiência em comícios multitudinários. “Não tem nada a ver, os alunos costumam ser bastante críticos, e por ser um político, o que lhes apresenta aula, eu acho que primeiramente teremos que quebrar um pouco as barreiras”.
Experiência não lhe falta. Há somente 7 meses, a vitória nas primárias do partido socialista pegou na Faculdade Camilo José Cela, “com o giz pela mão”. Ali se doutorou em 2012 e tinha 7 anos dando aulas de Hipótese, Suporte e História do Pensamento Econômico, sucessivamente, antes de deixá-lo.
A, aqueles que o conheceram por tuas aparições no Formigueiro ou salva-me se surpreenderão com esta sua faceta de professor. O teórico candidato do partido socialista à presidência do Governo veio ao campus com a sua imagem clássica: terno azul marinho, camisa branca, sem gravata.
Nada de mimetizarse com jeans ou tênis. Sim, ele parece relaxado entre os estudantes, desfrutando de cada minuto, de cada pessoa, de cada discussão de café. Como posso fazer uma última pergunta antes de sair? Sánchez com uma sonora gargalhada. O desemprego não apenas é um dos grandes reatores de nossa economia. Pros 200 adolescentes que aceitam ser seus alunos durante um par de horas, há poucas preocupações mais prementes.